Não
apenas Allan Kardec como outros notáveis pensadores e pesquisadores da condição
humana constataram que de fato a vida não começa nem termina nessa atual
encarnação.
Charles
Lancelin ao analisar seriamente os relatos de pessoas submetidas em estado de
sonambulismo, através de técnicas magnéticas, constatou que muita informação
obtida não se referia/não se remetia à atual vida dos que a tal processos foram
submetidos e também outros fenômenos que ocorreram durante os processos
mencionados, em que a pessoa que ali estava não tinha nenhuma condição de
saber/ver/presenciar eventos que ocorriam em um lugar distante da sua
localização no mesmo momento em que estava ali em estado sonambúlico.
Camille
Flammarion em sua obra “As Casas Mal Assombradas”, no prefácio coloca uma série
de relatos e aqui está um deles:
“De
Perpignan, minha terra natal, parti nos primeiros dias de novembro de 1889, a
fim de continuar os estudos de farmacologia em Montpellier. Minha família
compunha-se de mãe e quatro irmãs. Deixei-as satisfeitas e de perfeita saúde. A
22 desse mês, minha irmã Helena, bela criatura de 18 anos, a caçula e minha
predileta, reunia em nossa casa algumas amiguinhas. Cerca de 3 horas, após o almoço,
dirigiram-se todas, minha mãe inclusive, para o passeio dos Plátanos. Fazia um
tempo magnífico. Ao fim de meia hora, Helena sentiu-se mal: “Mamãe – disse –,
sinto arrepios por todo o corpo, tenho frio, dói a garganta... Vamos para
casa.”
À
noite seguinte, pelas 5 da manhã, Helena expirava nos braços de minha mãe,
vitimada pela angina diftérica, que dois médicos não puderam debelar.
Único
varão da família, competindo-me representá-la nos funerais, foram-me passados
repetidos telegramas para Montpellier. Entretanto, por uma terrível fatalidade
que ainda hoje deploro, nenhum de tais despachos me foi entregue a tempo.
Ora,
na noite de 23 para 24, eis que fui vítima de espantosa alucinação.
Recolhera-me à casa pelas 2 da madrugada, calmo e satisfeito das emoções
recolhidas nos dias 22 e 23, em parte destinadas ao prazer. Deitei-me alegre e
logo adormeci. Havia de ser 4 horas, quando a vi surgir diante de mim, pálida, sangrenta, inanimada, e um grito
insistente, penetrante, punitivo, feria-me os tímpanos: “Que fazes, meu Luís?
Mas vem, vem!”
No
meu sonho, nervoso e agitado, tomei um carro, mas, a despeito de esforços
sobre-humanos, não conseguia fazê-lo avançar. Via sempre minha irmã, no mesmo
estado, a gritar: “Que fazes meu Luís, vem...”
Despertei
súbito, face congesta, cabeça em fogo, garganta seca, respiração curta e suando
por todos os poros. Saltei da cama e procurei acalmar-me. Uma hora depois,
tornei a deitar-me, mas não pude reconciliar o sono. Às 11 da manhã fui à
pensão, assomado de indefinível tristeza.
Argüido
pelos colegas, contei-lhes tim-tim por tim-tim o que aí passara, não – seja
dito – sem ouvir algumas pilhérias. Às 2 dirigi-me para a Faculdade, no intuito
de encontrar no estudo algum repouso.
Deixando
a aula às 4 horas, vi caminhar ao meu encontro uma mulher alta, trajando
rigoroso luto, e logo reconheci minha irmã mais velha a perguntar-me aflito o
que fizera de mim. Lacrimosa, comunicou-me a fatal ocorrência, que nada me
faria prever, de vez que, ainda na manhã de 22, recebera de casa as melhores
notícias.
Entregando-lhe
este depoimento, abstenho-me de emitir qualquer opinião a respeito e só me
obrigo a garantir, sob palavra de honra, a sua absoluta autenticidade.
Vinte
anos são passados e a impressão que o fato me deixou é sempre a mesma, emocional,
profunda (sobretudo neste momento), e se os traços fisionômicos de Helena não
me aparecem tão nítidos, o seu apelo é sempre o mesmo: plangente, repetido,
desesperado: “Que fazes, meu Luís? Vem, vem...”
Luís Noell
Farmacêutico, em Cette.”
Farmacêutico, em Cette.”
Mas a questão é: Se nós
somos consciências eternas, pois o corpo morre mas a nossa consciência/o nosso
espírito continua, qual a importância do corpo?
O corpo é um importante instrumento que serve/serviu/servirá para o espírito que volta e meia reencarna na orbe planetária que mais esteja semelhante ao seu atual estado evolutivo!
Mesmo que nós não sejamos a carne que nos envolve não temos o direito de abreviar sua duração sobre a Terra, por que é um instrumento importante para a nossa evolução, é um ótimo veículo para adquirirmos experiências e melhorarmos nosso ser.
O corpo é um importante instrumento que serve/serviu/servirá para o espírito que volta e meia reencarna na orbe planetária que mais esteja semelhante ao seu atual estado evolutivo!
Mesmo que nós não sejamos a carne que nos envolve não temos o direito de abreviar sua duração sobre a Terra, por que é um instrumento importante para a nossa evolução, é um ótimo veículo para adquirirmos experiências e melhorarmos nosso ser.
Alguns vivem pelo corpo,
outros com temáticas de vida como os ascetas que renegam ao corpo para adquirir
alguma iluminação.Então vale a pena ver um texto interessante:
“O espírito é ilimitado. Não somos nossos cérebros, nossos corpos,nossas roupas ou nossas casas. Não somos nossas contas-correntes, nossos empregos, nossos países, nem mesmo nossos nomes. Somos muito, muito mais. Somos seres espirituais cuja língua nativa é o amor.”
“O espírito é ilimitado. Não somos nossos cérebros, nossos corpos,nossas roupas ou nossas casas. Não somos nossas contas-correntes, nossos empregos, nossos países, nem mesmo nossos nomes. Somos muito, muito mais. Somos seres espirituais cuja língua nativa é o amor.”
(Carol Bowman)
O equilíbrio é a medida
correta entre viver materialmente e viver de maneira espirituosa.
Vamos dar ao corpo seu devido valor, mas não cheguemos ao ponto de criar altares para divinizar as vaidades passageiras da vida.
Concluindo, aqui está um texto da obra “O evangelho segundo o espiritismo” que se encontra no capítulo XVII :
Vamos dar ao corpo seu devido valor, mas não cheguemos ao ponto de criar altares para divinizar as vaidades passageiras da vida.
Concluindo, aqui está um texto da obra “O evangelho segundo o espiritismo” que se encontra no capítulo XVII :
“CU
I D A R D O C O R P O E D O E S P Í R I T O
11.
Consistirá na maceração do corpo a perfeição moral?
Para
resolver essa questão, apoiar-me-ei em princípios elementares e começarei por
demonstrar a necessidade de cuidar-se do corpo que, segundo as alternativas de
saúde e de enfermidade, influi de maneira muito importante sobre a alma, que
cumpre se considere cativa da carne. Para que essa prisioneira viva, se expanda
e chegue mesmo a conceber as ilusões da liberdade, tem o corpo de estar são,
disposto, forte. Façamos uma comparação: Eis se acham ambos em perfeito estado;
que devem fazer para manter o equilíbrio entre as suas aptidões e as suas
necessidades tão diferentes? Inevitável parece a luta entre os dois e difícil achar-se
o segredo de como chegarem a equilíbrio.
Dois
sistemas se defrontam: o dos ascetas, que tem por base o aniquilamento do
corpo, e o dos materialistas,que se baseia no rebaixamento da alma. Duas
violências quase tão insensatas uma quanto a outra. Ao lado desses dois grandes
partidos, formiga a numerosa tribo dos indiferentes que, sem convicção e sem
paixão, são mornos no amar e econômicos no gozar. Onde, então, a sabedoria?
Onde,
então, a ciência de viver? Em parte alguma; e o grande problema ficaria sem
solução, se o Espiritismo não viesse em auxílio dos pesquisadores,
demonstrando-lhes as relações que existem entre o corpo e a alma e dizendo-lhes
que, por se acharem em dependência mútua, importa cuidar de ambos. Amai, pois,
a vossa alma, porém, cuidai igualmente do vosso corpo, instrumento daquela.
Desatender as necessidades que a própria Natureza indica, é desatender a lei de
Deus. Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre arbítrio o induziu
a cometer e pelas quais é ele tão responsável quanto o cavalo mal dirigido,
pelos acidentes que causa. Sereis, porventura, mais perfeitos se, martirizando
o corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos orgulhosos e mais caritativos
para com o vosso próximo? Não, a perfeição não está nisso: está toda nas
reformas por que fizerdes passar o vosso Espírito. Dobrai-o,submetei-o,
humilhai-o, mortificai-o: esse o meio de o tornardes dócil à vontade de Deus e
o único de alcançardes a perfeição.
– Jorge, Espírito Protetor. (Paris, 1863.)”
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